Entre as queixas mais comuns da população idosa está a incontinência urinária, e é mais comum em mulheres.
Principalmente porque é uma condição que compromete a qualidade de vida e a autoestima da pessoa.
A incontinência urinária é de grande incidência na população brasileira podendo ocorrer em qualquer idade, mas muito conhecida por afetar a população adulta madura.
Várias causas podem contribuir para essa condição: problemas neurológicos, distúrbios relacionados ao aprendizado do controle da bexiga, obesidade, tumores que comprimem a bexiga.
Contudo, a causa mais comum na população idosa é a fraqueza da musculatura do assoalho pélvico.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o problema atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos de idade.
Sua prevalência é maior em pessoas do sexo feminino, além das mudanças hormonais associadas à menopausa, fatores como gestações e histórico familiar podem aumentar o risco de desenvolver esse problema.
No entanto, homens também podem ser acometidos, principalmente quando sofrem hiperplasia prostática.
Já nas mulheres, existe a incontinência urinária de esforço. Ou seja, quando a mulher tosse, espirra ou levanta peso, pode perder urina.
A incontinência de esforço pode se desenvolver em mulheres como consequência de uma cirurgia pélvica, da obesidade, parto ou de mudanças hormonais.
Como os músculos que sustentam o assoalho pélvico estão enfraquecidos não conseguem segurar a uretra, causando perda de líquido quando realizado qualquer tipo de esforço. Isto é, existe uma hipermobilidade da uretra.
Em artigo publicado pelo Portal do Envelhecimento, o coordenador do Departamento de Disfunção Miccional da SBU, Alexandre Fornari, disse que
O mais significativo é a qualidade do colágeno, que está presente nos ligamentos que sustentam essa região e que tem a parte genética como fator de risco.
Ele também afirmou que nas mulheres, o mais comum é ter incontinência urinária a partir dos 45 anos ou 50 anos. Nos homens, quanto mais idosos e com mais problemas de próstata, maior a incidência.
No entanto, outros fatores devem ser levados em conta quando trata-se de incontinência urinária na pessoa idosa, como por exemplo: uso de diuréticos, ingestão hídrica, doenças neurológicas degenerativas, situações de demência e delírio, problemas de locomoção.
A sugestão é sempre a prevenção, com uma ótima hidratação.
Nossa equipe aconselha que ative e fortaleça adequadamente os músculos do assoalho pélvico durante o tratamento da incontinência. Pois são essas estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária.
Clinica Martinelli
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