Efeitos da Solidão na Qualidade de Vida da Pessoa Idosa

A solidão é uma ameaça significativa para a saúde da pessoa idosa.

Os efeitos da solidão na qualidade de vida da pessoa idosa estão muito além de prejudicar o bem-estar emocional,  pois pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e até causar incapacidade física.

Infelizmente o isolamento do adulto mais velho é muito comum. A razão disso depende da história de vida de cada um, na perda progressiva de pessoas próximas, o diagnóstico de uma doença limitante, na falta de uma rede de apoio, sentir dor.

A solidão acontece por motivos como: saída dos filhos de casa (o que caracteriza o fenômeno do ninho vazio); a ausência de entes queridos, que na gerontologia é denominado como abandono social e vínculos afetivos familiares e comunitários rompidos; sentimento de vazio interior; idadismo, processo de aposentadoria não planejada; problemas socioeconômicos.

Então qual a relação entre a sensação de isolamento e as alterações fisiológicas ?

Novas descobertas da neurociência e psicologia revelaram a redução da regulação do sistema nervoso parassimpático (responsável por recuperar a estabilidade emocional e controlar ações não conscientes como a respiração) e aumento da ativação do sistema nervoso simpático (que prepara o organismo para responder a situações de estresse e emergência) de pessoas idosas que vivem sozinhas.

Estudos recentes também encontraram alterações concretas da estrutura física do cérebro que predispõem doenças neurodegenerativas.  Estudos anteriores já apontavam maior risco de deterioração cognitva leve e desenvolvimento de demência nas etapas avançadas da vida.

A falta de interações sociais pode prejudicar diversas capacidades cognitivas (como atenção prolongada, memória episódica, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva) além de aumentar o risco de depressão, ansiedade e estresse crônico.

Para combater a solidão nossa equipe realiza intervenções concretas na Clínica Martinelli, como:

– Manter a vida social ativa.

– Garantir atividade física.

– Estimular atividades memoriais.

– Oferecer rotina de convivência.

Assim, reduzimos os impactos negativos do isolamento, fornecendo apoio emocional e incentivando o convívio social para promover um envelhecimento com qualidade de vida.