Idoso sentado com foco em mão e bengala para representar a sindrome da fragildiade

Fatores que aumentam o risco de fragilidade na velhice são diferentes entre homens e mulheres

Notícia divulgada pela Fapesp apontou que fatores que aumentam o risco de fragilidade na velhice são diferentes entre homens e mulheres.

Primeiramente devemos destacar que pessoas idosas com a chamada síndrome da fragilidade precisam ser priorizadas na atenção primária à saúde.

São pessoas mais suscetíveis a quedas, hospitalizações, incapacidade e morte precoce.

Dessa forma, essa condição é caracterizada pela presença de três ou mais dos seguintes fatores:

  • perda de peso involuntária,
  • fadiga,
  • fraqueza muscular,
  • diminuição da velocidade de caminhada
  • e baixa atividade física.

Em vista disso, pesquisas nos conduzem a indicadores interessantes. De acordo com o estudo divulgado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da University College London (Reino Unido) fatores que aumentam o risco de fragilidade na velhice são diferentes entre homens e mulheres.

Conforme os resultados publicados na revista Archives of Gerontology and Geriatrics, tem maior risco de desenvolver a síndrome da fragilidade homens com:

  • osteoporose,
  • baixo peso,
  • doenças cardíacas
  • e com percepção da audição avaliada como ruim.

Contudo, as mulheres possuem o risco associado a alta concentração sanguínea de fibrinogênio (um marcador de doença cardiovascular), diabetes e acidente vascular cerebral (AVC).

Essas conclusões se basearam na análise de dados de 1.747 pessoas idosas que integram o English Longitudinal Study of Ageing (Estudo Elsa) – uma pesquisa populacional realizada no Reino Unido.

Para este estudo os pesquisadores selecionaram pessoas com 60 anos ou mais e que inicialmente não tinham a síndrome da fragilidade e nem pré-fragilidade. Ou seja, quando estão presentes um ou dois fatores mencionados anteriormente.

Tiago da Silva Alexandre, professor do Departamento de Gerontologia da UFSCar e autor do estudo, explica que a síndrome da fragilidade tem um fenótipo (ou conjunto de sinais e sintomas facilmente identificáveis) criado para detectar previamente pessoas em maior risco de sofrer uma queda, hospitalizações, incapacidade e morte precoce.

Vale destacar que a síndrome da fragilidade é mais comum em mulheres do que em homens, até porque a expectativa de vida das mulheres é maior.

“Essa é uma questão complexa, que está ancorada nas diferenças da expectativa de vida entre os dois gêneros e nos tipos de doenças mais prevalentes entre homens e mulheres. Basicamente, as mulheres são mais afetadas por doenças crônicas que não matam, mas geram incapacidade. Então, como uma consequência dessa realidade, elas vivem mais tempo e podem desenvolver mais a síndrome de fragilidade do que os homens”.

Explicou Alexandre.

 

O estudo Does the incidence of frailty differ between men and women over time? pode ser lido em: www.sciencedirect.com

FONTE: Agência FAPESP* –Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP

 

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